Da tela para a pista: o impacto dos simuladores de corrida na formação de pilotos reais
De acordo com o CEO Lucio Fernandes Winck, os simuladores de corrida estão cada vez mais realistas, tornando-se ferramentas essenciais para a formação de pilotos profissionais. Jogos como iRacing e Gran Turismo já não são apenas entretenimento, mas plataformas de treinamento usadas até por equipes de Fórmula 1. Com tecnologia avançada, física apurada e competições de alto nível, esses simuladores têm ajudado a revelar talentos que começam no mundo virtual e conquistam espaço nas pistas reais.
Mas será que o e-sports pode realmente preparar um piloto para a realidade das corridas? Como os simuladores ajudam no desenvolvimento de habilidades essenciais? E quais pilotos saíram do mundo digital direto para a elite do automobilismo? Vamos explorar essas questões.
Como os simuladores ajudam na formação de pilotos?
Os simuladores de corrida modernos recriam fielmente as pistas, os carros e até as condições climáticas, proporcionando uma experiência imersiva para os jogadores. Isso permite que aspirantes a pilotos desenvolvam habilidades fundamentais, como precisão nas curvas, gerenciamento de pneus e adaptação a diferentes traçados. Além disso, a necessidade de concentração e reflexos rápidos nos e-sports fortalece a capacidade de tomada de decisão sob pressão.
Outro aspecto crucial que Lucio Fernandes Winck pontua é o custo reduzido. O automobilismo tradicional é extremamente caro, dificultando o acesso de jovens talentos sem patrocínio. Com simuladores, é possível treinar intensivamente sem os altos custos de manutenção, combustível e deslocamento para autódromos. Dessa maneira, isso democratiza o esporte e abre portas para talentos que, de outra forma, nunca teriam a chance de competir.

Lucio Fernandes Winck
Os simuladores podem substituir os treinos em pistas reais?
Apesar de serem altamente realistas, os simuladores ainda não substituem completamente a experiência em uma pista de verdade. Sensações como a força G, a temperatura do asfalto e a dinâmica real dos pneus são impossíveis de replicar com exatidão no ambiente virtual. No entanto, pilotos profissionais utilizam os simuladores para memorizar traçados, testar diferentes estratégias de corrida e aprimorar a técnica sem o risco de acidentes ou danos aos veículos.
Além disso, Lucio Fernandes Winck ainda ressalta que as equipes de Fórmula 1 já reconhecem a importância dos simuladores no treinamento de seus pilotos. Muitas delas possuem seus próprios sistemas de simulação para desenvolvimento de carros e testes de novos talentos. Isso prova que, embora não substituam os treinos em pistas reais, os simuladores são uma ferramenta essencial para o aprimoramento contínuo dos pilotos.
Quais pilotos saíram do mundo virtual para as corridas reais?
O caso mais famoso é o de Jann Mardenborough, vencedor da GT Academy, um torneio promovido pela Nissan e pela Gran Turismo. Ele saiu do mundo virtual para competir profissionalmente em categorias como GP3 e Le Mans. Outro exemplo que Lucio Fernandes Winck menciona é Cem Bölükbaşı, que começou competindo na F1 e-sports e, anos depois, conquistou um assento na Fórmula 2, mostrando que a transição do digital para o real é possível.
Na Fórmula 1, Max Verstappen e Lando Norris são grandes entusiastas dos simuladores, utilizando iRacing e outras plataformas para treinar constantemente. George Russell e Charles Leclerc também participaram de competições virtuais durante a pandemia, reforçando a conexão entre o mundo dos simuladores e o automobilismo profissional. A tendência é que cada vez mais pilotos saiam do ambiente virtual para as pistas reais.
Simuladores e o futuro do automobilismo
Os simuladores de corrida estão revolucionando a formação de pilotos, tornando o automobilismo mais acessível e aprimorando habilidades técnicas e estratégicas. Conforme evidencia Lucio Fernandes Winck, com o avanço da tecnologia e o crescimento dos e-sports, a linha entre o virtual e o real está cada vez mais tênue. Grandes equipes já reconhecem seu potencial, e a transição de pilotos dos simuladores para as pistas profissionais é uma realidade.
Autor: Nester Petrisko
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital