Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca a importância do diagnóstico precoce das trombofilias hereditárias para prevenir perdas gestacionais.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca a importância do diagnóstico precoce das trombofilias hereditárias para prevenir perdas gestacionais.
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Trombofilias hereditárias e perdas gestacionais: diagnóstico precoce e condutas clínicas

Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que as trombofilias hereditárias estão entre as causas relevantes de perdas gestacionais recorrentes, representando um desafio tanto para a medicina reprodutiva quanto para a obstetrícia. Essas condições envolvem alterações genéticas que aumentam a tendência à formação de coágulos sanguíneos, podendo comprometer a circulação uteroplacentária e, consequentemente, o desenvolvimento adequado do feto. 

Embora nem todos os casos de trombofilia causem complicações na gestação, o diagnóstico precoce e o manejo clínico adequado são fundamentais para reduzir riscos e proporcionar melhores desfechos para mãe e bebê.

O que são as trombofilias hereditárias

Segundo Tosyn Lopes, as trombofilias hereditárias correspondem a alterações genéticas que elevam a predisposição do indivíduo a desenvolver tromboses, tanto venosas quanto arteriais. Entre as mutações mais comuns estão a do fator V de Leiden, a mutação no gene da protrombina, as deficiências de proteínas anticoagulantes naturais, como proteína C, proteína S e antitrombina III, além das mutações no gene MTHFR. 

Vale ressaltar que, embora a presença da mutação genética seja um fator de risco, nem todas as portadoras desenvolvem problemas na gestação, o que exige avaliação individualizada por profissionais especializados em medicina reprodutiva e obstetrícia.

Relação entre trombofilias e perdas gestacionais

Conforme elucida Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a ligação entre trombofilias hereditárias e perdas gestacionais ocorre porque a tendência à formação de coágulos pode prejudicar o fluxo sanguíneo entre útero e placenta. A má perfusão uteroplacentária resulta em áreas de infarto placentário ou falhas na implantação embrionária, levando a abortos precoces ou tardios. 

Trombofilias hereditárias podem causar perdas gestacionais, mas há condutas clínicas eficazes, afirma Oluwatosin Tolulope Ajidahun.

Trombofilias hereditárias podem causar perdas gestacionais, mas há condutas clínicas eficazes, afirma Oluwatosin Tolulope Ajidahun.

Estudos indicam que mulheres com histórico de duas ou mais perdas gestacionais devem ser avaliadas para trombofilias hereditárias, especialmente se não houver outras causas identificáveis. Dessa forma, o diagnóstico correto permite orientar estratégias de prevenção, reduzindo significativamente os riscos de novos eventos adversos na gestação.

Diagnóstico precoce e exames recomendados

Tosyn Lopes informa que o diagnóstico das trombofilias hereditárias exige exames laboratoriais específicos para identificar mutações genéticas ou deficiências de fatores anticoagulantes. Entre os testes mais solicitados estão a pesquisa do fator V de Leiden, a mutação do gene da protrombina, dosagens de proteína C, proteína S e antitrombina III, além da análise do gene MTHFR. É fundamental que essas investigações sejam realizadas fora de episódios agudos de trombose ou gestação, pois esses estados podem alterar os resultados.

Ademais, o histórico clínico detalhado da paciente, incluindo episódios prévios de trombose venosa profunda, história familiar de trombose e antecedentes obstétricos, é crucial para embasar a indicação dos exames. O diagnóstico precoce permite definir estratégias de manejo que aumentem as chances de uma gestação bem-sucedida.

Condutas clínicas e manejo durante a gestação

De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, o manejo das trombofilias hereditárias durante a gestação depende do tipo de mutação identificada e do histórico clínico da paciente. Para mulheres com trombofilias e histórico de perdas gestacionais, costuma-se indicar o uso profilático de anticoagulantes, como heparina de baixo peso molecular, associado ao ácido acetilsalicílico em baixa dose. Esse tratamento visa prevenir a formação de trombos, protegendo a circulação uteroplacentária e garantindo o desenvolvimento fetal adequado.

Tosyn Lopes ressalta que o acompanhamento deve ser rigoroso, com exames periódicos para avaliar o bem-estar fetal e monitorar possíveis complicações, como sangramentos ou alterações na coagulação. O sucesso do tratamento depende, sobretudo, da atuação conjunta de especialistas em reprodução humana, obstetrícia de alto risco e hematologia, assegurando às mulheres com trombofilias hereditárias a chance de levar a gestação a termo com segurança.

Autor: Nester Petrisko 

As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.

 

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